À TOA

Um copo de vodca no silêncio desesperado,

uma noite chuvosa cheia de ventos pálidos,

um poema nos esboços destes dissensos.

Quantas horas que não habito tua aparição?

Quanto tempo a me perder de pensamentos?

Quanta escuridão toca desalenta a vastidão?

Agora eu sei o quanto fazes falta no meu mundo

em suas melodiosas notas mudas de violão,

no largo e doce preenchimento do meu rascunho,

no esvaecer dos seus olhos enquanto durmo,

pois é no sonho que me vem sério teu cenho

com o tom único de desaprovação silente,

mas o sorriso de quem já doravante perdoa

a saudade inconsequente que se sente

em uma quarentenazinha à toa...

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 11/04/2020
Reeditado em 11/04/2020
Código do texto: T6914197
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