ENCOSTO-ME NA MACIEIRA
Eis que te encontro,
De certa forma, cheia de flores,
Que em si mesma,
Exala um perfume tão sublime,
Do qual os lábios meus,
Anseiam em beijar.
E nessa fonte,
Banhar-me constantemente,
Enquanto a luminosidade,
Do interior dos olhos seus,
Invadem o meu olhar.
Não sei ao certo,
Se estavas de branco,
Ou de outra cor,
Mas, compreendo que,
Sois o pedaço cósmico,
A inundar os meus sentidos,
Tornando-se musicalidade,
Antes de eu ter adormecido.
Encosto-me na macieira,
Tomo uma maça,
E saboreio num eterno pensar...
Tendo como sublimidade,
O tempo contigo,
Mesmo que seja por um momento,
Ainda prefiro ter-te nas lembranças,
Cuja alma é detentora da imagem,
Que seu rosto produz.