Sono estranho
Coisas tão miúdas
deitam-me ao travesseiro
e por sonhos ando tão ligeiro
quando vem a noite mansa.
Engasga-me o pó da estrada
e leio as dores visitadas,
saúdo a solidão
como pesadelo desabitado
de mim mesmo!
Dialogo enfim com o abstrato
e meu avesso brota lírico,
dá-me o sono dos sentidos
e a vigília acorda-me,
e perco o sono...
e não acordo.