Roseira assanhada

Uma roseira assanhada

Certa feita percebi,

Ao elevar os seus ramos,

Bela e cheia de si,

Exibida, convenhamos.

Mostrava com grande pompa

Sua tão nobre postura,

Sua beleza e vida,

Sua alma colorida,

Em tons de fina ternura.

O seu tão sutil perfume

Não cansava de exalar;

O seu tão sublime porte

Não deixava de mostrar

A toda fé e toda sorte.

Quão meiga, doce e gentil

Era ela ao se portar

Que, certamente, não houve

Viva alma a quem aprouve

Deixar de ela notar.

Vivo eu - e é por isso -;

Vislumbrei suas lindas flores

E por ela me encantei,

Pude ver suas vivas cores

E dela eu me lembrarei

P'ra sempre como a mais bela

E a mais áurea roseira,

Aquela que me mostrou

A vida que me encantou:

A vida à sua maneira.

Rodrigues Aires
Enviado por Rodrigues Aires em 07/04/2020
Código do texto: T6909950
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.