Um dia no campo
Para onde a estrada ia? - ninguém sabia.
Soprava o vento bizonho
De desgosto eu quase morria
Os pés no chão ardente
Pássaro dormia tristonho.
Arbustos deitam nas campinas
Com a força do vento intrínseco
Aroeira a enfeitar o sertão
Entristecidas as aves gorjeiam.
O amor urge, a semente cai, o chão não acolhe
Folhas mortas chiam
A reclamar do vento
Chega o entardecer e à noite cai.
Atol abaste a imensidão e nada cobra
O menino campeia o gado
O Boi descansa do arado
A vaga muge, o cavalo relincha
O vento murmura a canção
Em busca de algo no tempo passado.
Assim passam os dias....