Um dia no campo

Para onde a estrada ia? - ninguém sabia.

Soprava o vento bizonho

De desgosto eu quase morria

Os pés no chão ardente

Pássaro dormia tristonho.

Arbustos deitam nas campinas

Com a força do vento intrínseco

Aroeira a enfeitar o sertão

Entristecidas as aves gorjeiam.

O amor urge, a semente cai, o chão não acolhe

Folhas mortas chiam

A reclamar do vento

Chega o entardecer e à noite cai.

Atol abaste a imensidão e nada cobra

O menino campeia o gado

O Boi descansa do arado

A vaga muge, o cavalo relincha

O vento murmura a canção

Em busca de algo no tempo passado.

Assim passam os dias....

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 07/04/2020
Reeditado em 10/04/2020
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