Esperando a sua chegada
Escrevi e enrolei
Num pequeno rolo tudo que eu sentia
Coloquei dentro da garrafa
Olhava o mar enquanto ela partia
Queria contar o que está acontecendo
Ainda esperando pela sua última mensagem
Ouvir de novo suas histórias pra rir
Ficar paralisado te olhando sorrir
Em dias calmos demais
Ainda bate aquela tristeza
Nostalgia forte em pouco tempo
Dos momentos de incerteza
Daqui do cais
Ansiedade forte falta-me ar
Se você ver que ele chegou
Conte a ele que fui pro mar
Dimensões são feitas de espaços fechados
Aquele quarto se multiplicou no espaço
É tão real que a noite eu durmo e viajo
E mato a saudades do seu abraço
Nada demais e nenhum remorso
Era tudo tão claro como água potável
Erva daninha nos matando aos poucos
Era por isso que era tão amável
Eu gostaria de entender
Porque a lógica do mundo é que
Tudo tem início meio e fim
E porque dói tão fundo
O seguidor do poeta
Que falha ao dar fim aos poemas
Também falha miseravelmente
Tornado-se um dilema