Pra nunca mais, hei de ver-te pintada a cores do entardecer fugindo ao dia, levando a noite dentro dos mistérios na palavra adeus. Pra nunca mais, hás de ver meu sorriso entre lágrimas, fios transparentes morrendo em boca aberta. Pra nunca mais também, verei corrompida as concepções logradas pelos nefandos prazeres, abiscoitados dentro de noites fadadas ao pecado. Pra nunca mais, serei o veículo de tanta febre pelo mundo inconsciente, amaldiçoado, jogado feito pedra pelo mundo ao léu. Pra nunca mais, terei nuas, quase tão puras, vítimas da ideologia do prazer, da fome carnívora do sexo, pretexto de aposento anexo, cobertura de bolo de quatro andares, ao colo a elevação sedenta dos patamares feito aos beijos que pra nunca mais. Pra nunca mais terei pejo, circuitos fechados de recolhimento na cidadela das frustrações humanas. Pra nunca mais, dentre tudo, coisas tantas.