Epilogo


Onde andarás nas noites de tempestade
filtrada pelos trovões e ventos?
Onde andarás pelos invernos,
descoberta pela neve,
flutuando entre ciprestes acorrentados nos montes?
Onde andarás, fenômeno exuberante de mulher,
que medita aspirando o véu da noite?
Em que lugares estarás pousada
tecendo tramas, envolta nas nuanças matinais?
Onde, em que ponto,
de que cume surgirás?
Talvez das criptas rochosas,
das ondulações do mar.
Ah, se eu tivesse o dom,
a febre portentosa de desvendar,
te aguardaria com clarins
e morreria aos teus pés
no sublime feito,
o último antes de morrer.