Pedaços de vida...





Os poemas que te fiz,
pé de vento, poeira do chão
sobe ao tempo,
fenda o espaço;
curta a mão que se fez amiga,
roda viva,
rola a vida,
pé de vento, poeira do chão.
O amor sem definições,
espalmado à relva sem abrigo,
chuva de verão,
rola água, terra quente
seca poças pelo chão.
Meu abraço sem contorno,
sem motivo, sem razão,
de encontro a rocha negra
em pedaços pela ausência.
Sem um caso, fica o beijo
pela boca, ronda sem rumo,
tempo breve,
brisa leve
seca a boca tão vazia.
Meu tudo, minha vida,
roda viva,
rola o tempo
sem razão, sem um por quê.