Tropel nas estrelas

Foram transferidas as cores, os matizes;
do crepúsculo, veio a noite.
Multiplicado foram os sonhos
nas amplas variedades da imaginação.
Carruagens perfilaram o espaço,
vieram e se foram muitos ruídos.
As estrelas buscaram novo rútilo
em recepção aos tropéis.
Eram cavalgadas em vitória
pela conquista do imponderável.
Abismado, eu refletia em teto panorâmico
todo desenrolar fantástico.
Meus rabiscos fizeram a mistura
nas cores crepusculares atingidos pelo tempo,
vencidos pelas horas.
Tocado pelo tocante som dos cavalos,
repudiei tudo que era vão,
compelido, fixo nas estrelas,
convencionei a vida sem maldades, sem guerras.
Relembrei a mulher amada,
sabendo que fui parte integrante de alguém.
Palpitei pelas vielas dos sonhos,
sob o ruído emitido das estrelas,
parando frente as muralhas reais da vida
já descobertas pelo alvorecer.
Mas agora com sons de gente fervilhando pelas ruas,
contenho todo devaneio na única verdade da vida...
saudade nasce transformando pensamentos,
fantasiando a existência,
com cavalgadas pelo espaço,
em tropel nas estrelas.