O nome do meu Lirismo

Minha poesia...
toda ela é feita
de saudade, solidão.
Um espúrio amor que existiu,
na incúria desta vida inconstante.
Minha poesia...
é uma flor que desabrocha,
uma menina que sorri timidamente,
para a timidez de meu sorriso.
Minha poesia...
são eflúvios poéticos
vindos de perdulários abismos.
São pontos luminosos na rubra madrugada.
Minha poesia...
é feita de efêmeros momentos,
de alegria incontida.
Minha poesia...
existe, no alvorecer de um pássaro,
no coração triste, na hora da saudade.
Minha poesia...
vive no ocaso.
Fala da minha pequena criança.
Minha poesia...
pertence aos poetas,
é o meu motivo de existir.
Minha poesia...
percorre a distância que nos separa,
fala da vida que a vida carrega,
no berço da existência.
Minha poesia...
é ternura, é sonho desfeito,
é a mágoa que já tive no peito,
de ser só,
de não ter algo para sentir e crer.
Minha poesia...
a infinita razão do meu viver,
tem um nome, uma alma.
Minha poesia...
esconde-se no vulto de menina,
de olhos tristes; minha pequena criança: Léa Maria.