Paradoxo

Entre barulhos ensurdecedores,
gritos, confetes e serpentinas,
lá estavas.
Sorrias, cantavas.
Todos contigo brincavam,
mãos enlaçadas,
nem ao menos te lembravas,
que eu através desta distância,
transformava minha lágrima
numa fita de serpentina,
que pingava no chão
como confetes coloridos.
Ah menina!...
Enquanto fazias da vida um carnaval,
entre motivos eufóricos,
esquecida do próprio esquecer;
eu fazia deste mesmo carnaval,
um alucinante e tétrico
desejo de morrer.