Às vezes...
O amor é curioso
Por assumir tantas formas
Às vezes é intenso, caloroso
Às vezes é cruel e exige normas
Às vezes encosta esperando ser convidado
Às vezes entra mesmo sem pedir permissão
Às vezes só deseja ser cuidado
É como um universo em expansão.
Gosta de ser sorrateiro
Quando se mostra já é tarde demais
É o momento que deixa de ser inteiro
Para se tornar frágeis cristais.
Às vezes vem decidido
Às vezes afugenta a lucidez
E fica perdido
Em meio a tanta estupidez.
Às vezes é inseguro
E às vezes traz medo
Tornando-se um sentimento obscuro
Tendo que guardá-lo em segredo.
Às vezes sofremos
Por não termos controle diante de seu poder
Às vezes para que aceitemos
A fragilidade de nosso ser.
Às vezes não é o amor o vilão da história
Às vezes é a insegurança por quem irá julgar
Às vezes é a dúvida pela mudança de trajetória
Às vezes...
É só a sua forma de amar.