ERMITÃO
ERMITÃO
Fecho a porta da minha atenção...
É muita confusão!... Fala-fala, que,
Mexe com a razão. Recolho a antena!
Desligo o controle remoto...
Mergulho no silêncio! É mais saudável!
Isolo as fofocas midiáticas e os fake News
Passo uma borracha em toda a pantomina
Reciclo o meu pensar no equilíbrio e,
Em harmonia com minha paz!
A mim apraz as minhas convicções de fé
No café com bobagens isolo-me!
Nas hipocrisias não vejo alegrias...
Com um pé fora de casa vejo sucateamentos
Da segurança de uma pandemia...
Disque disques aleatórios, e, infames...
Critérios jogados ao vento para infernizarem
Minha atenção. Enjoei dessa pasmaceira!
Não quero mais dar atenção à enxurrada
De informações desencontradas...
Desviadas da realidade e com tendências
Políticas e interesseiras pelo poder!
Vou ocupar-me do saber poético,
Épico é o meu dia a dia nessa batalha!
Meu lar e meu confinamento estão
Lacrados aos ecos inconsequentes
Da profusão vocabular do CORONA VÍUS!
Virei a chave das minhas atenções ...
Quero ouvir e ler outras palavras
Que edifiquem minha vida e minhas
Expectativas de otimismo...
Risquei da minha brochura essa
Palavra “maldita” que me faz mal!
Fechei as fronteiras dessa pandomina
Nesse combate seus atalhos
Estão armadilhados de muitas minas!
De cada dez palavras “nove” me vêm
Por conta dessa epidemia atroz!
Mas, isolei a mídia como porta-voz
Que, insemina o terror ao povo,
Que a todos atinge como garras de um polvo!
Recolho minhas antenas... Desligo meu receptor...
Tapo meus ouvidos... Iberno como um ermitão...
Fujo, e, isolo-me das notícias ruins sem fim!
Quando toda essa parafernália acabar,
Que o mundo venha bater às minhas portas
Para que eu possa retomar minha rotina de vida
E a felicidade venha tomar conta e me convidar
À velha rotina de minha existência para todos amar!
Jose Alfredo