TE AMAREI ATÉ O PONTO FINAL
Te amarei até o ponto final...
Esta foi a promessa que lhe fiz, lá se vão sei lá quantos anos;
Mas já faz décadas, tenho certeza
Sei apenas que o texto começou a ser escrito em uma tarde de domingo
E, semelhante à comprida história de Robson Crusoé que não “acabava” mais,
citada no poema “Infância” de Drummond, esta minha história,
espero,
também não terá fim; não por enquanto...
Vai-se arrastando dias afora, semelhante à lentidão das palavras
lançadas manualmente no papel;
Uso vírgulas, exclamações, interrogações
e tantos outros marcadores de cadência, ritmo, entoação
ou pausa da escrita,
entretanto,
jamais usarei, de livre e espontânea vontade, o ponto final...
deixarei que Deus
no futuro, lá adiante, faça isto por mim