TERNURA
A noite era bela!
– Quão bela era a noite...
A Lua no céu, espalhava clarões!
E as estrelas, pérolas divinas
inundavam os ares de meiga amplidão...
Ela era formosa!
– Quão formosa era ela...
Só! Ali, ante mim, a fitar as estrelas...
e os seus olhos e as estrelas do céu
eram lumes acesos em rostos de amor...
O vento era brando...
– Quão brando era o vento...
Os meus lábios, sorrindo diziam baixinho,
palavras de amor... bem perto ao ouvido,
que ela cobria com a mão, de mansinho...
(Rio Grande-RS, 1947)