TERNURA

A noite era bela!

– Quão bela era a noite...

A Lua no céu, espalhava clarões!

E as estrelas, pérolas divinas

inundavam os ares de meiga amplidão...

Ela era formosa!

– Quão formosa era ela...

Só! Ali, ante mim, a fitar as estrelas...

e os seus olhos e as estrelas do céu

eram lumes acesos em rostos de amor...

O vento era brando...

– Quão brando era o vento...

Os meus lábios, sorrindo diziam baixinho,

palavras de amor... bem perto ao ouvido,

que ela cobria com a mão, de mansinho...

(Rio Grande-RS, 1947)

Attilio dos Santos Oliveira
Enviado por Attilio dos Santos Oliveira em 26/03/2020
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