AMANHECER
O que dizer-te, minha musa encantadora,
Se me escapam as palavras, ante a emoção
Que provocas?
Como expressar essa doçura do teu beijo,
A forma pura, como despertas meu desejo,
Se me tocas?
Tal descrição parece-me um pesado fardo,
A desafiar, constantemente, a pena deste bardo.
Tu tomas por completo o espaço do meu pensamento,
Fazendo-me recordar, de nós dois, cada momento,
Cada segundo...
Ao despertar, é para ti que se me volta a mente,
Como se de um sonho eu fosse arrancado, num repente,
Do nosso mundo...
E vejo, então, que não te encontras ao meu lado,
Já que o tempo é antes inimigo, que aliado.
Mas resta pouco para que estejas nos meus braços,
A caminhar comigo, acompanhar todos os passos
Que eu seguir...
E, no instante em que eu fitar o teu olhar,
Hás de surpreender-me, terno, a te contemplar
E a sorrir...
Porque não vi, dantes, nem na própria natureza,
O encanto e o fascínio que exerces com nobreza.
Esqueceremos, assim, a solidão e saudade,
Pois só terá lugar em nossas almas a felicidade
De amar...
Virás comigo, numa viagem rumo ao infinito,
Conduzidos pelo que o amor tem de mais bonito,
Sem par...
E nossos corpos, colados, hão de dar-se ao prazer,
Até que chegue ao nosso leito um novo amanhecer.
Bom dia, amigos.
Ótima quarta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.