LEVEZA - Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.

LEVEZA - Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros

Tu te concretas na leveza dos meus sonhos...

Sou um poeta: deixo o vento me levar,

Meu coração, de pensamentos tão tristonhos

Ainda sabe, como flor, o que é sonhar.

Tu polinizas meu amor, quando diluis,

Na tua luz, meu coração que é tão carente

De emoção... e eu já nem sei mesmo onde pus

A minha dor mais arbitrária e incoerente.

Para a escrever, a pena é mero instrumento...

Cada momento é um reflexo do ser

E eu, por viver a insensatez de um sentimento,

Louvo o momento que me faz sobreviver.

Eu me protejo no teu beijo mais carente,

O amor pressente o que o sonho proporciona,

Por isso, quando um coração diz o que sente,

A pulsação a dois dilui-se... e emociona.

Quando a razão nos diz que não, o amor revida,

O amor convida o coração dancar

E se o salão de um coração é uma avenida,

Faço da vida o meu momento de sonhar.

Se és meu par, põe nos meus ombros, o calor

Das tuas mãos, deixa a canção nos embalar,

Pois na penumbra é que a Lua faz amor

Com o sonhador que sempre a quer admirar.

Tu te projetas, não és mero holograma,

És uma chama carinhosa que flutua

E me sorri... mostrando um rosto que me ama,

Ante o olhar mais sedutor da luz da lua.

És tão concreta... e irreal, mas... se te evoco,

Tu sempre vens e me aconchegas no teu seio

E eu, tão menino, a cada vez que eu te toco,

Retoco a calma mais feliz... de um devaneio.

Às 12h e 35 min do dia 22 de março do Rio de Janeiro, no exílio doméstico obrigatório provocado pelo corona vírus.

Publicado e registrado no Recanto das Letras - visite-nos.

LUIZ POETA
Enviado por LUIZ POETA em 23/03/2020
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