A morte do amor
Lentamente apagaram-se as chamas.
Mornas e escondidas, as brasas da paixão agonizaram
Em uma camada cinzenta de desinteresse e tédio.
Os vermes da rotina roeram e esburacaram
O lençol vermelho de cetim da atração e do desejo.
Foi-se o gosto, o tesão, a cumplicidade.
Onde esconderam-se os atrativos odores,
O suave toque do veludo das peles?
Que fim levou a gana, a loucura, os abraços,
As mordidas, o escorrer das salivas?
Murcharam as vontades,
Secaram as fontes do prazer e a libido esfacelou-se.
A vivacidade do olhar fez-se opaca
Os orgasmos extingüiram-se
E as juras obscenas não mais ecoaram
Nas grutas ressequidas dos corpos separados.
Restou só a solidão
A intolerante complacência
A carcomida comensalidade
De uma insuportável convivência
Nem companheirismo...
Nem amizade...
O amor morreu!
Viva a tristeza!
Viva o desespero!
Adeus!
Lentamente apagaram-se as chamas.
Mornas e escondidas, as brasas da paixão agonizaram
Em uma camada cinzenta de desinteresse e tédio.
Os vermes da rotina roeram e esburacaram
O lençol vermelho de cetim da atração e do desejo.
Foi-se o gosto, o tesão, a cumplicidade.
Onde esconderam-se os atrativos odores,
O suave toque do veludo das peles?
Que fim levou a gana, a loucura, os abraços,
As mordidas, o escorrer das salivas?
Murcharam as vontades,
Secaram as fontes do prazer e a libido esfacelou-se.
A vivacidade do olhar fez-se opaca
Os orgasmos extingüiram-se
E as juras obscenas não mais ecoaram
Nas grutas ressequidas dos corpos separados.
Restou só a solidão
A intolerante complacência
A carcomida comensalidade
De uma insuportável convivência
Nem companheirismo...
Nem amizade...
O amor morreu!
Viva a tristeza!
Viva o desespero!
Adeus!