Em gritos de contrição

Era íntimo

Sem malevolência.

propagandeada.

Obscuro era o cadeado.

As águas corriam livres

Ladeando pedras

Verdes e amarelas

E veio a bruma

Cobriu o céu

Nem comeu do fruto!

Foi-se como o vento do pecado.

E hoje?

O corpo desnudo

Na penumbra a vagar,

Em gritos de contrição

E pinta,

A cor do meu pecado

Olho para lua,

Abrigo-me,

Ouvindo a canção dos namorados

E durmo na varanda

Na esperança de ver o sol nascer...

Rosilda pinheiro
Enviado por Rosilda pinheiro em 18/03/2020
Reeditado em 13/12/2024
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