entre dedos e mãos
por certo ficou na estrada
o por do sol ofuscando a visão
a chuva fina respingando o sol do verão
ficaram nas curvas o olhar no retrovisor
o freio da dor
a maciez da saudade
o espírito desbravador
ficaram nas retas
as imagens desconexas de um fim de tarde
onde os corpos se consumiram nos sonhos
nos desejos aproximados
na distância aplacada pelo sentido abrasado
no riscar de dedos nas costas
desenhando o resultado da expressão maior
tu e eu...
ficou no ato e atitude o fundo musical
estabelecendo o início e o final
apesar das serrras vales e montanhas...
e no teu seio desejos apontando para o céu
teu gosto
teu sussurro
palavras desconexas
num entendimento de almas
resulto do produto vindo do início
até esse
final