Sabiá

Não li a última de suas cartas,

Tampouco, o desamor que nelas havia.

Mas é inegável a presença de suas marcas.

Seu corte no amor que eu sentia.

Ouvi teu canto nesta manhãzinha,

A melodia vinha de um sabiá.

Parecia seu eu que me tinha

Diferente deste, que outrora fazia-me chorar.

Cheguei a avistar o pássaro que tu mandaste.

Tão belo e airoso como tu.

Chegou a banhar suas plumas de majestade

Na imensidão daquela água azul.

Bobalhei minha vista nas cores daqueles voos

Que nem percebi a queda da sua carta das minhas mãos.

A água que banhava meus pés a levou

E já não adiantaria autoimpor repreensão.

Para uma bela surpresa,

Veio buscar minha resposta pessoalmente

Pousando sua ascensão sobre a mesa

Fitando minha expressão reluzente

Pus a profeciar nosso amor...

Sr Lunático
Enviado por Sr Lunático em 15/03/2020
Código do texto: T6888557
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.