Se tuas asas vivem na palma dos meus olhos, é porque não és senão a hipérbole copada por onde a vida deslumbrada valsa a beber do teu fulgor matinal.
Do alto das montanhas a água agita as pedras, rasga a carne da terra, extasia e canta. Pela noite adentro viola os girassóis e as videiras, trás nos lábios um sonho azul a arrastar a amargura das víboras inseguras e frias.
Violentamente respira a juventude e a morte do mundo.
Porque não há pomar mais doce, poema mais sagrado, nem entrega mais pura, do que para a primavera do teu corpo amante.
Porque tu és a palavra que nasce na penumbra de todos os labirintos, para nas vértebras do dia interior seres Sol.
Porque tu és esse dardo atravessado no peito da terra. O mistério a inclinar a água e a luz.
És essa árvore pra sempre enraizada no fogo do meu sangue .
Do alto das montanhas a água agita as pedras, rasga a carne da terra, extasia e canta. Pela noite adentro viola os girassóis e as videiras, trás nos lábios um sonho azul a arrastar a amargura das víboras inseguras e frias.
Violentamente respira a juventude e a morte do mundo.
Porque não há pomar mais doce, poema mais sagrado, nem entrega mais pura, do que para a primavera do teu corpo amante.
Porque tu és a palavra que nasce na penumbra de todos os labirintos, para nas vértebras do dia interior seres Sol.
Porque tu és esse dardo atravessado no peito da terra. O mistério a inclinar a água e a luz.
És essa árvore pra sempre enraizada no fogo do meu sangue .