E TUDO ISSO É EM NOME DA PAIXÃO.
Eu sou um desassombro, uma clave, um pentagrama, um ombro amigo, um suave abrigo, uma chama, um aposto a migalha do sol, a solidificação da crença, a tenaz sentença, e a minha tão faminta escrita que me alimenta. Eu pertenço ao pó do carbono, o outono que precede a primavera, a atmosfera que se faz uma tormenta, sou o atrito de um seixo, o eixo da tua mente, a semente em forma de placenta. Eu risco uma linha em contraste, finco uma haste como bandeira, e a minha maneira, eu aceito um acordo feito no sonho, e componho conforme a minha intenção, feito uma lição com bordadura, com uma costura aonde a agulha é a fantasia, e o pano é o nosso dia a dia, todo adornado em pétalas com as cores da alegria. E tudo isso criado em nome da paixão, para que cada botão que se forme em seu verticilo, e o seu sigilo seja generoso em compreensão, e eu possa me ver no espelho do mar, até encontrar a estrela que virá me clarear, e o resto eu permito que fique guardado em caixas do futuro, para me guiar em qualquer direção. E eu juro que me deixo comandar pela razão, aonde a distancia me segura pela mão, com a única intenção de me orientar, até cruzar pelo ponteiro contrario da hora, para que o agora deixe o seu beijo no meu coração.