IPÊ ROXO APAIXONADO
Água que mata a minha sede
No embalo da macia rede
É minha vida que segue
Sou da mata orvalhada
E a colcha que durmo é bordada
Sou da capital Porto Alegre
Das árvores que brotam flores
Sou o cupido de tantos amores
Que nasceram na Redenção
Ou em São Paulo, Praça da Sé
Em Assunção tomei café
E roubei uma pena do pavão
Pra trazer pra namorada
Na laranjeira desfolhada
Ocorreu o beijo molhado
E a semente foi plantada
Nossa vida enraizada
Pelo ipê roxo apaixonado!
Escrito as 21:35 hrs., de 09/03/2020 por