Timoneira
Timoneira de um veleiro no
alto mar sem
bússola sem velas sem
sextante sem
leme
E a Estrela do Norte oculta para lá
das nuvens
pressente-se
mas não se vê
.
Timoneira
lança-te ao mar
Empurra tu o
teu veleiro
Com a intuição que
não falha
a quem abre o
coração
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Quando finalmente salva dos sargaços traiçoeiros
...mas encalhada nos recifes de coral
não chores – não desesperes
.
Que a viagem de tão breve
nem dá para recordar
E a Paz apela do lado de lá das cinzas das nuvens
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© Myriam Jubilot de Carvalho
Agosto de 1993
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