ADEUS
Naufragam as carícias nas curvas das palavras
E à deriva restam pausas para um adeus sem rosto.
Tudo passa a cada minuto e o tempo não perdoa
As marcas de sol e sal que ficaram das loucuras.
Somos o agora que caminha sem saber do depois
E um pouco do cotidiano sem os desejos à dois.
Não entendo o vento quando varre o que é bom
deixando para trás a vã escuridão num céu azul.
E na turva visão dos meus olhos imaginários
Refaço meus sonhos alados à beira de mim.
E ainda guardo de ti o melhor do perfume do amor,
O sorriso das noites nas entrelinhas das tuas mãos,
O palpitar do teu coração, senhor das emoções,
E o beijo que beijei à distância para em ti pousar.