A GENTILEZA E A DECÊNCIA

Convencer-me-ei de ti!

Que sois o reflexo do tempo...

Numa vida só sua e não minha,

Mas busca o que não sei.

Enfrento as batalhas do mundo,

Para sentir o respirar,

O ar de teus beijos insanos,

Cuja boca vem provocar.

Sou apenas alguém...

Neste imenso mar!

Como ondas a envolver o imperfeito,

As partes da canção vão ficar.

E ao estarem em sintonia,

Dentro de um só olhar,

É o princípio do fim,

Ou quem dera ser o do começo,

Marcas a deixarem sombras aqui.

Somes como vento insistente,

Clareza da luz do sol!

Num vasto brilho incandescente

Miragem do homem ao deserto estar:

Fora de todas a coisas amáveis,

Contudo, perto do Templo de amar.

Sim, desperta a docilidade da aproximação,

No qual os dois corpos podem ocupar

Os mesmos espaços e assim sonhar...

Em ver o próprio coração,

A gentileza e a decência,

Ser manifestados pelo ato sublime de se calar.

_____________________________________

04/03/2020

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 04/03/2020
Código do texto: T6880392
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.