A GENTILEZA E A DECÊNCIA
Convencer-me-ei de ti!
Que sois o reflexo do tempo...
Numa vida só sua e não minha,
Mas busca o que não sei.
Enfrento as batalhas do mundo,
Para sentir o respirar,
O ar de teus beijos insanos,
Cuja boca vem provocar.
Sou apenas alguém...
Neste imenso mar!
Como ondas a envolver o imperfeito,
As partes da canção vão ficar.
E ao estarem em sintonia,
Dentro de um só olhar,
É o princípio do fim,
Ou quem dera ser o do começo,
Marcas a deixarem sombras aqui.
Somes como vento insistente,
Clareza da luz do sol!
Num vasto brilho incandescente
Miragem do homem ao deserto estar:
Fora de todas a coisas amáveis,
Contudo, perto do Templo de amar.
Sim, desperta a docilidade da aproximação,
No qual os dois corpos podem ocupar
Os mesmos espaços e assim sonhar...
Em ver o próprio coração,
A gentileza e a decência,
Ser manifestados pelo ato sublime de se calar.
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04/03/2020