CORTINA ERGUIDA PELO TANGO

Havia uma música ao longe,

Um tango de Gardel

E eu sonhava feito monge,

Um pedaço de céu ...

Sonhava com os lábios dela,

Tão apetecíveis quanto morangos -

Isso salientava-me aquele tango

E o sonho em minha cela ...

Ela viria, o vento a anunciava pela cortina!

Teria de ensinar-lhe números complexos.

Veio ! Calculava números enquanto eu, sexo.

Gritos de que a amava vinham lá da esquina,

Era uma verdadeira onda de choque:

Eu apreciava o tango e ela , rock ...

Para a querida e falecida Elizabet Ribeiro.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 04/03/2020
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