CORTINA ERGUIDA PELO TANGO
Havia uma música ao longe,
Um tango de Gardel
E eu sonhava feito monge,
Um pedaço de céu ...
Sonhava com os lábios dela,
Tão apetecíveis quanto morangos -
Isso salientava-me aquele tango
E o sonho em minha cela ...
Ela viria, o vento a anunciava pela cortina!
Teria de ensinar-lhe números complexos.
Veio ! Calculava números enquanto eu, sexo.
Gritos de que a amava vinham lá da esquina,
Era uma verdadeira onda de choque:
Eu apreciava o tango e ela , rock ...
Para a querida e falecida Elizabet Ribeiro.