AMAR SEM FILOSOFAR
No arrebol vespertino o dia começa a morrer.
A noite estrelada convida ao amor,
e a Lua, flor prateada, colhi pra você:
moça bonita do sorriso largo e belo;
mulher de fibra, com graça e doçura,
faz nosso amor maduro acontecer.
Quando tocarem a nossa música,
tome-me pelas mãos e ensine-me a dançar
Quero me movimentar no seu passo seguro e delicado.
Permaneça assim, estreitada em meus braços
Isso! Beijamo-nos sem pressa até o dia amanhecer.
Intrépido, saí no aguaceiro pra te resgatar,
e molhados de chuva a gente se amou.
Foi bom! Não, foi ótimo!
Travessura tão sadia, sem preocupação.
Pra que tanto verso ou reverso pra falar de amor?
Pra que tantas divagações filosóficas?
Ora, o amor é o amor,
enquanto o amar é amar.
No arrebol, outra noite cálida de amor começa a nascer.