PINTOR LOUCO AMARELA LONDRES

Não há o que estarem mais amarelecidas
ou nuas
as ruas e as árvores de Londres
As folhas resistiram o que puderam
Agora revestem a Inglaterra de outono
 
Galhos e folhas
Casais que cumprem seu tempo de vida a dois
 
Namorados pesados de abrigos
buscam cama quente para aliviarem abrigos
Abrigam-se um na pele do outro
 
Fica Londres tapetada de amarelo-ferrugem
Árvores despidas
choram com galhos nus postos em orações
Sabem que por tempos
não mais pesarão de aquecidas folhas
Pesam pela vestimenta branca da neve
A alvura é vestido de noiva
Beleza inútil quando o noivo foi embora
 
Palheta de uma só cor de louco pintor
esquece as cores dos fervilhantes pubs
A Oxford Street acesa para o Natal
colore em negro o Noel
Descolore Rembrandt Van Dick Rubens
O Rio Tâmisa desliza entre luzes que o margeiam
Os ônibus vermelhos cheios mas vazios de ti
 
Cercado de estranhos busco calores distantes
Sem nenhuma pele no pulsar taquicárdico do peito
 
O Brasil e o amor estão tão distantes
que a morte e Marte
parecem mais próximos
Rossyr Berny
Enviado por Rossyr Berny em 28/02/2020
Código do texto: T6876604
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