NO TREM DAS ONZE

Ao manejo do meu braço

Eu escrevo com um pedaço

De uma brasa apagada

Na parede do meu quarto

E no outro dia eu parto

Com a passagem reservada

No trem das onze horas

Onde viajam muitas senhoras

Com destino a jaçanã

Que se eu perder esse trem

Hoje outro não tem

Só amanhã de manhã

E além disso senhora

A solidão não ignora

Que o dinheiro acabou

Só posso ir no passo

Acontece que estou descalço

E minha calça já rasgou!

Escrito as 17:47 hrs., de 28/02/2020 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 28/02/2020
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