Ninguém queimaria como Camões
O erro foi meu
Bauman já tinha avisado
Que nesta sociedade
Ninguém queimaria como Camões.
Torno-me responsável por tudo que cativei
Principalmente o amor
Que saberia que,
Infelizmente,
Nem para sempre viveria.
Aceito a dor
As lembranças capazes de ferir o coração
E essa distância que estou do meu amor
E que a vida não é feita para amar.
A sociedade do luxo,
Dos dedos apontados,
Dos trajes cortados dos que são julgados
Jamais permitiria que o amor fosse real.
Jamais entenderei como chamam de amor
A distância
O querer estar,
Mas se afastar.