NÁUFRAGO
Um náufrago em alto mar,
Um marinheiro sem porto,
Onde o navio possa atracar,
Sem leme, sem vela,
Sem farol para iluminar.
Assim eu perdido estou,
No oceano do teu corpo,
Nas ondas dos teus cabelos,
No ondular das tuas pernas,
Querendo tanto navegar.
Como acalmar esse mar,
Que rompe em vagas abissais,
Levando com ele o leme,
Querendo me devorar.
Preciso de um timoneiro,
Que possa me orientar,
Para conduzir esse barco
E não cair em alto-mar.
Encontrar porto seguro,
Para meu barco aportar,
É navegar no teu corpo,
Fazendo o desejo aflorar.