SE PERDEU NO AMOR II
Não curvar ao que se deve temer/
mas a espera sempre se chega/
pois ao alcançar o obstáculo/
se pula ao enganar-se ao fracasso
na sua própria descoberta de um sentimento/
e assim aplaudes em viver em viver/
e quem sabe e vence o primeiro...
Na saga de sentir-se o mais nobre dos plebeus.
Cante ao cair na noite mas nunca se perca/
ao te temer as mentiras/ pra não se ver/
pois eu que sempre/ tomei as rédeas da questão/
e correndo ao tempo roubando o fracasso/
se descobrindo um robusto/ sou um louco ao vento.
Viajante no rangido abstrato da solidão/ fui/
cantarolando o amor que se desperdiçou por ai/
não mais fingindo na dramaturgia surreal
preciosidade que me custou saber toda verdade/
sem poder haver ao reaver o que não tive.