Seguindo sem você, procurando você...

 
Saí sozinho em pensamentos perdidos
Caminhos vazios em ecos solitários,
Nuvem que esconde o horizonte oculto
Desejo casto que proíbe o exaltar da vontade...
 
Melodia que aumenta a dor
Face nunca esquecida
Que maltrata a cura que tenta regenerar à vontade,
 
Estrada tão longa
Que permite que o grito chegue antes do corpo,
Paisagem exuberante
Que inspira a angústia da jornada que não termina,
 
Temo teus olhos na próxima curva,
Esses debruçam meus gestos no chão que não amortece a mágoa,
Um reflexo do sol expande a turva visão
Apenas tua voz ouve-se ao olhar o asfalto...
 
Instigante desejo de fugir e voltar em busca da consternação,
Não há perigo na noite solitária que se conduz pôr as estrelas,
Há apenas a lua a ser venerada enquanto o sono não chega à beira da estrada,
Segue meus pensamentos e alcança-me na longa viagem,
 
Não espera a carruagem de ilusões
Essa atrelei em meus passos ao parti sem destino,
Tenta dormir sem degustar minhas aflições,
Pereces em teus anseios que confunde almas com vertigens,
 
Logo chegarei em algum lugar
Busco refúgio em moradias serenas,
Que ampare o peito e permita o sarar das feridas abertas,
Que permita o saciar da sede alcançada no deserto de mentiras...
 
Arma tua barraca no oásis sem rios,
Ficarás inerte sob a tempestade de areia que irá ao teu encontro,
No final apenas o silêncio acompanhará tua imagem...
 
 
J Lucivan Almeida
Enviado por J Lucivan Almeida em 21/02/2020
Reeditado em 21/02/2020
Código do texto: T6871488
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