NOSSO SEGREDO
Surtava na madrugada escura.
Apartamento que ali repousava,
em espera da borboleta do casulo ao lado,
sobre proteção de sua cria.
Rio de Janeiro com a ponta na Guajajaras.
Apareceu você bem acima do normal
sentada por cima.
Que delicia!
Delicia, bom.
Desconhecia nossas causas sem cálculos,
fatiarmos como lunáticos sem premonição de conseqüências.
E a noite descia, prazer, entra, encaixa, balança o coração.
Suor quente.
Nada foi posto á flagra e nem relatado antes,
é tanto de lembrar que achei melhor relatar
só para entendimento de nós dois.
Em silêncio, gritávamos por dentro e seguíamos minutos a fora;
sem erosão e de explosão totalmente calado,
caso medo, atrevimento de você que me excita.
Todos continuam embernando em pleno verão mineiro
e nós massacrando o chão de madeira, cravando unhas ainda curtas.
Conjunto preto colocou pra mim?
Veio e não saiu mais.
Não apenas uma e nem duas, foi aquela que ficou para sempre...
Além dos “tudo mais”.
Precisa voltar danada que quero.
O risco nos pressiona e ainda lembramos...
Volte, durma e sonhe, isso nos pertence.
Segredos de nós dois.