NOSSO SEGREDO

Surtava na madrugada escura.

Apartamento que ali repousava,

em espera da borboleta do casulo ao lado,

sobre proteção de sua cria.

Rio de Janeiro com a ponta na Guajajaras.

Apareceu você bem acima do normal

sentada por cima.

Que delicia!

Delicia, bom.

Desconhecia nossas causas sem cálculos,

fatiarmos como lunáticos sem premonição de conseqüências.

E a noite descia, prazer, entra, encaixa, balança o coração.

Suor quente.

Nada foi posto á flagra e nem relatado antes,

é tanto de lembrar que achei melhor relatar

só para entendimento de nós dois.

Em silêncio, gritávamos por dentro e seguíamos minutos a fora;

sem erosão e de explosão totalmente calado,

caso medo, atrevimento de você que me excita.

Todos continuam embernando em pleno verão mineiro

e nós massacrando o chão de madeira, cravando unhas ainda curtas.

Conjunto preto colocou pra mim?

Veio e não saiu mais.

Não apenas uma e nem duas, foi aquela que ficou para sempre...

Além dos “tudo mais”.

Precisa voltar danada que quero.

O risco nos pressiona e ainda lembramos...

Volte, durma e sonhe, isso nos pertence.

Segredos de nós dois.

OSMAR ZIBA
Enviado por OSMAR ZIBA em 09/10/2007
Código do texto: T687089