Datas inventadas

Meu livro é você, sabe:

Cada palavra e todo o significado

Dos signos que o compõem

Cada suspiro de quem ler

E fica horas pensando na

História ali contada

Tentando, inutilmente, lembrar...

Você é o desperdício dos meus versos

É o que falta quando eu

Nunca deveria ter parado

De os escrever

Minha canção de amor

É o seu olhar em dias quentes

Em noites sem neblina

Em antigas datas inventadas

Num calendário sem dias

Você é o instante em que o

Cronômetro dispara

Daí em diante já não há mais tempo

Estou preso para sempre

Na sua manhã de sol

João Barros
Enviado por João Barros em 19/02/2020
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