Datas inventadas
Meu livro é você, sabe:
Cada palavra e todo o significado
Dos signos que o compõem
Cada suspiro de quem ler
E fica horas pensando na
História ali contada
Tentando, inutilmente, lembrar...
Você é o desperdício dos meus versos
É o que falta quando eu
Nunca deveria ter parado
De os escrever
Minha canção de amor
É o seu olhar em dias quentes
Em noites sem neblina
Em antigas datas inventadas
Num calendário sem dias
Você é o instante em que o
Cronômetro dispara
Daí em diante já não há mais tempo
Estou preso para sempre
Na sua manhã de sol