O Corpo de Morgana
Fria e monótona é a minha Noite
Lembra o carinho do destino que em mim é Rude
Pode parecer que toda paixão é boba e Grude
Mas, para um poeta o amor retribui com Chute.
Andando na viela da vida com muita Tristeza
Desfrutando do Charme de uma carícia com Miudeza
Ao som de uma boa música na sozinha Lareira
Ao som à flor da pele de uma mulher em Beleza.
Lendo um bom livro fechado em mim como uma Ostra
Como morangos deliciosos na minha Boca
Eu sei que a paixão toma de assalto e nos faz Trouxa
Muito embora a paixão seja mendigante como Mosca.
Sei que o destino é debulhado como um Milho
Sei que minha sina é um romance preso num Livro
E a vergonha aos outros seja isso em mim um Brilho
Mas, me perco no teu perfume feito um bêbado Vinico.
Na tua boca eu vejo a beleza de uma bela cor Batom
Pois, tua docilidade me lembra um precioso Bombom
Ô moça rica que mora no bairro esnobe Chateaubriand
E tem por sobrenome o orgulho de escrita Columbo.
Percebo que a vida termina como um Meteoro
E nem todos apreciam o gosto de um reles Marisco
Perdidos somos nos amores feitos no fútil Horto
E toda a dádiva da paixão é como se fosse Murcho.
A vida pode ser ingrata como bater de Coraçãozinho
E os problemas surgem como num sonho de Menino
Voa! Voa Poesia! E morre na palma de um Pobrezinho
As letras são simples e ridículas como um Mosquito.
Eu vejo que a lua envergonhada se esconde nas Trevas
Minha garota olha no espelho e reclama das Sardas
Pode parecer que todo romântico padeça num Karma
E morra desgraçado sem ninguém na fria Antártida.
Nesta noite em que se escondem muitos na Feiura
Num sexo burlesco de imprópria vida de Imatura
Gemendo de amores as mãos causam Ranhura
Pode ser que toda fêmea provoque uma vil Macumba.
Neste escrever invoco o meu ser íntimo e Sagrado
Com cauculismo de poesia de burro e tolo Engendrado
Eu sei que a paixão é mais do que eu posso ser Súdito
E me perco no contrato com Satanás o feito Rúbrico.
Não pense que existe alegria neste coração Químico
Não Imagine que existe beleza nesse sorrir Imbecilico
Eu escrevo poesia, mas, eu sei que eu sou mui Ridículo
E ao coração talvez eu tenha um espírito Caquético.
Esse ostracismo que aprisiona tanto a minha Alma
Querendo me perder ao vento como reles Cerejeira
Sou poesia de lirismo, mas, morta deusa Minerva
Cantando sou um poeta falido em perdidas Serestas.
Oh epopéia que um dia vai ter fim no iniciar da Guerra
No charme de uma bela rapariga em vinho e Sangria
No meu poemar quem embebe delícias e Desalegria
Vamos fazer amor a noite inteira em Baco e Patifaria...
Pode existir jogatina e muita hipocrisia no Céu
Pode existir lágrimas e muitas Trevas em anjo Gabriel
E o poeta pode amaldiçoar o nome que tem: Ó Otoniel
Mas, não existe seios tão venustos ao poema de Ariele.
Minha poesia termina eu sendo um profano do Paraíso
Mas, sempre Rafaela me chamava de pobre Atrevido
E Marieta me chamava de um cínico e frio Aguerrido
Mas, é no corpo de Morgana que eu encontro o Ritmo.