O ESQUILO E A OVELHA

Tem tanta conversa, tanto carinho no dia a dia que na cama transborda,

Acorde o que já não pode dormir calmamente, consinta que seja assim,

Um pouco para mim, outro para você e já não sabemos quem tem mais,

Ao mesmo tempo que damos, recebemos e fica confuso, de tão simples.

Vou ou você vem? Poderemos nos encontrar perto do meio do caminho,

Economizaremos tempo, dinheiro, quem chegar primeiro, pedirá a suíte,

Dê um tuíte, dizendo como é dura a vida de quem trabalha, que batalha,

Espumante, hidratante, pole dance, comporão esta reunião de negócios.

Se quiser, pode tirar a roupa, à polpa do açaí inserir frutas, levar à mesa,

Acender a luz da balada, propor dança agarrada, atiçada querer mostrar

O que aprendeu nas aulas de dança enquanto lança seu corpo em mim.

Pode me fazer suplicar, quem nunca pediu clemência, serve indecência

Como castigo por mau comportamento, pela invasão deste apartamento

Trancado à chave, ainda mais grave, urgente, sei que não cogita abri-lo,

Tem esquilo comendo avelã, lã de ovelha no chão, como isto terminará?

Sérgio Sousa
Enviado por Sérgio Sousa em 14/02/2020
Reeditado em 14/04/2020
Código do texto: T6866068
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