Virgem sem amores
Amar não é e nunca foi um Pecado
Pois, tal fogo santo causa-nos Desejo
Que em nós faz a vida nutrir um Credo
De paixão poderosa místico e Hermético.
O amor é sinal de Deus em mui Vida
Aos homens tal desejo sempre é Dívida
Que aos muitos corações faz ser Rica
Pois, tal vontade do peito inflama Química.
O amor descansou no seio da bela Helena
E morreu no colo de solidão de nua Gardênia
Porquanto, um tesouro de cólera nunca Venda
Em si mesmo o amor é jóia de morrer à Renda.
O amor descansa hoje no seio de muito Ciúme
Buscando neste ciúme um labor de cruz e Lume
É brutalidade e fogo que arrebata na íntima Sede
Tal o navegante perdido no oceano perdeu o Leme.
O amor desconhece a própria essência do Amor
Pois, sem o beijo de uma linda virgem perde o Sabor
Ó anjo de virtude heróica e nunca de si um Salvado
Morrendo aos prantos no gozo do soberbo Alto.
Estamos perdidos no Paraíso sem mais Éden
Não entendemos mais o gemer da virgem Helen
Em flor negra em violeta se esconde a flor Belle
Em felicidade de uma poesia que ao morrer nos Vele
Ó rime com mais floreios o tesão sexual que Rende-se
Pecado de uma flor solitária no cerne que não Sente
Doravante, todo amor e bacanagem; só com Sete.