Ventania
A espada
De dois gumes
A subida
Rumo ao cume
O vento sopra
Caístes feito torta
Confiastes na cara
E logo de cara
Tudo fica claro
Como as nuvens
Entre tempestades de sortilégio
Ela vem
Que privilegio
Sem pressa
Sem mascaras
Sem rastros de serpente
Só vem
Feito gente
Toma forma de vento
E vezes, quando o peito chora
Ela chove
Molha
Brota
Reza
Rega a terra
A quem diga que a tempestade
É ela braba.
Já eu,
Sinto ela nua e crua
Em sua dança por mim tão esperada.