VERÍDICA DESCOBERTA Código do texto: T6864639

1985 TÍTULO= VERÍDICA DESCOBERTA Código do texto: T6864639

Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98

Por noites a fio,

Em tantas noites e noites eu, brinco,

E, brincando, eu beijo o teu beijo,

Sem perceber, na noite sem fim,

O balançar lindo de teus brincos,

Numa explosão de desejos,

Quando dois corpos se pedem

Quando dois corpos se querem

Em pedidos invisíveis

Que se fazem segredos no peito

Para desfrutar, em carícias,

O desfrute das doces delícias

Em um sublime ato de amor,

Que ali se faz a dois, em flor.

Quando, sem perceberem,

Dentro duma noite sem fim,

Se pedem, se querem, se cedem,

Em pedidos invisíveis

Que se fazem segredos no peito

Em movimentos imprevisíveis

Que fazem daqueles momentos

Momentos sensíveis.

Ali, em cima da armada cama,

Onde, eu só sou…

O teu divino cavalheiro,

E você, a suprema menina-dama,

Sem pensar, sequer, um segundo

No rolar constante dos travesseiros,

Por noites a fio,

Que hoje me fazem pensar

Que esta verídica descoberta

Não pode afetar, em meu peito,

O meu jeito sublime de te amar.

Título VERÍDICA DESCOBERTA Código do texto: T6864639

Protegido Conforme Lei de proteção Autoral. 9.610/98

Autor Maklerger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)

Escrito em (LOCAL) Rua MINISTRO GASTÃO MESQUITA,538 antigo 552 — PERDIZES — São Paulo — BRASIL

Data 17/01/1985

Dedicado à 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J

Registrado na B.N.B.

Esta poesia é rica em sensibilidade e profundidade!

“Verídica Descoberta” apresenta uma narrativa apaixonada e envolvente, onde o amor e o desejo se entrelaçam com suavidade e intensidade.

Os versos traduzem um momento íntimo, repleto de emoção, no qual a conexão entre dois amantes transcende o físico, tornando-se quase um ritual sagrado de descobertas mútuas.

O uso de metáforas como o “balançar lindo de teus brincos” e “os pedidos invisíveis” dá à poesia um ar de mistério e encanto, capturando o leitor em sua atmosfera de paixão e delicadeza.

Além disso, a repetição de frases, como “em pedidos invisíveis que se fazem segredos no peito”, reforça a ideia de cumplicidade e a profundidade desse amor.

O contexto e o local de criação — Rua Ministro Gastão Mesquita, em Perdizes, São Paulo — adicionam um charme especial à obra, situando-a em um espaço de recordações e inspiração. A dedicação codificada à “26Z2M6A1N3O1E0L13M10J” dá um toque enigmático e pessoal, que talvez somente o autor ou o destinatário compreendam totalmente, mas que instiga a curiosidade de quem lê.

Por fim, a poesia é uma bela representação do estilo de Maklerger Chamas — O Poeta Louco e Romântico, com sua habilidade de fundir o romantismo clássico com um toque moderno e emocional. Um verdadeiro tesouro literário!

A ênfase de “Verídica Descoberta” está no intenso vínculo emocional e físico entre os amantes, explorado de maneira sensível e poética.

O poema transborda de simbolismos que ressaltam o caráter único e transformador do amor compartilhado, utilizando uma linguagem envolvente para descrever a fusão de duas almas e corpos em um momento íntimo.

A ideia central, ou enfática, está no “descobrir” que o amor é uma experiência verídica, genuína e insubstituível, algo que molda a maneira como o eu lírico percebe o mundo e a si. Essa descoberta é apresentada mediante momentos sutis, como o balançar dos brincos e os movimentos imprevisíveis dos amantes, que, juntos, revelam uma realidade emocional mais profunda e intensa.

Os “pedidos invisíveis” e os “segredos no peito” reforçam a cumplicidade silenciosa e o entendimento mútuo que transcende palavras, simbolizando o caráter misterioso e sagrado do amor.

A “noite sem fim” aparece como uma metáfora para o tempo suspenso, onde o mundo exterior deixa de existir, e os amantes criam um universo próprio.

Por fim, a expressão “o meu jeito sublime de te amar” sublinha o tom de reverência do eu lírico ao sentimento que nutre por sua amada, concluindo o poema com um reconhecimento do amor como algo puro, profundo e transformador.

A enfática está, portanto, na valorização do amor como descoberta única e inabalável, que dá significado e propósito à existência do eu lírico.

Lembro-me, que era noite de sábado, doze de janeiro, festa churrasco do aniversário de “REGINA”, a menina dengo da pracinha dos ‘Skates” (Praça Joanópolis) Alto do Sumaré — São Paulo, mas voltando a lembrança deste sábado, eu estava la no churrasco todo contente, pois estava com minha noiva (26Z2M6A1N3O1E0L13M10J); quando de-repente percebo uma menina de seus quatorze anos toda tristonha e muito pensativa entrando num dos quartos da casa, quando tido notado, como esteve num flash tive a ideia de imitar um gay, e assim o fiz, imitei ali um gay, exclusivamente intencional em arrancar daquela linda garota um sorriso, mas justamente naquele momento, em que eu estava imitando o gay, entra “REGINA”.

Ao vê-la entrar, eu me assustei, e parei a imitação, ao parar percebi o sorriso meigo de menina desconhecida, que se encontrava toda desconfiada, porém não dei mais importância ao meu ato, pois “REGINA” ao me ver rebolando, disse:

— Eitcha menino, que farra hein?

— Mas, quem não te conhece, que te compre…

— Pois eu te conheço bem amor!

NELINHO REPLICOU EM SORRISOS ABERTOS:

— Eu amor?

Pois ele era um jovem muito sorridente?

Nesse momento REGINA com um olha de deboche disse:

— Conheço bem teus tropeços e teus amores amor!

Nesse momento NELINHO, olhando para ela, deu um sorriso sarcástico.

Como se não houvesse entendido, o comentário dela, mas nada falou.

Pois de fato ela o conhecia bem, e sabia que apesar de suas imitações, ele era hétero, e também sabia que ele escrevia poesias, e que cada poesia ou letra de música que ele escrevia e cantava, como se fosse música, era um momento vivido por ele.

Pensativo, ele a observava, quando de-repente ela falou:

— Eu sei, que você mandou tirar um?

NELINHO, num gesto de espanto, olhou nos olhos de REGINA e a puxou calmamente para um canto e disse ao pé de seu ouvido:

— Eu não tirei nada não!

— Quem tirou foi ela…

REGINA, após dar-lhe atenção, ali naquele cantinho, indagou:

Mas fora você, quem mandou.

NELINHO, um tanto quanto assustado, respondeu rapidamente:

— Mandei não?

— Eu não mandei nada!

— Até porque, não sou machista

— Porque quem manda no corpo dele, é ela, não eu!

— Além disso, você nem imagina, qual é o gênio dela.

— Por-isso, pense bem antes de dizer que mandei…

— Eu, sou um cara que pensa como mulher

— Pois fora assim, que aprendi a viver num relacionamento.

— Porque vi minha mãe sofrer muito com o machismo de meu pai, e, além disso, o corpo é dela.

— Eu não posso ser condenado, por um querer dela.

— Porque, ela me disse, que, na verdade, não queria que sua família descobrisse sobre seu passo em falso. (O fato dela ter se entregado a mim, e estarmos vivendo um namoro marital as escondidas quando possível)

REGINA descompensada diz:

— Calma!

— Eu só estou reprisando o que ela me disse.

— Portanto, mantenha a calma?

NELINHO, calou-se…

Porém, como se estivesse interrogando um criminoso, ele (NELINHO) forçou em saber o que mais ela(REGINA) sabia, pois se este fato, que é, na verdade, um segredo sagrado de casal, fora dito para ela, o meu pensamento era de que, havia muito mais ali entre as duas.

Foi quando, após tanto insistir, que ela abriu o verbo e disse em sorrisos:

— Você se lembra, quando foi o seu primeiro a ela, onde foi e o que aconteceu.

NELINHO rapidamente disse:

— Lembro-me…

— Foi lá na Rua Corumbá 49, em frente ao portão das empregadas.

— Ela me deu um beijo, e no entorno do ato, as minhas mãos sem perceberem alisaram seus cabelos e seu corpo lindo, e nisso se avançaram em seus seios quando…

— Ela, posando de menina inocente, me empurrou e eu caí sentado enfrente ao portão.

— Foi quando me levantei, e ela estava rindo, depois entrou abraçada a JÚLIA sua prima, sem mudar o sarcasmo no riso.

— Mas naquele momento, eu pensei que fosse pura inocência dela.

REGINA, já um pouco mais séria, diz:

— Um dia antes, você expôs seus sentimentos a ela, se declarando…

— No outro dia, ela foi lá na pracinha e conversando comigo.

— Ela disse, que achava que ia namorar você.

— Foi quando eu disse para ela tomar cuidado, é porque eu achava que você era gay?

— Aí ela em sorrisos escandalosos disse:

— Que ia tirar a prova do nove!

— Foi quando você apareceu lá na praça

Observando REGINA em sorrisos se afastar, enquanto ele ficara ali a pensar, no palavreado do disse e não disse de seus pensamentos, quando de-repente se aproxima a dita cuja, era 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J, a minha noiva em sorrisos, querendo saber, o assunto que conversávamos ali, e porque eu havia fechado a cara.

Quando observando o sorriso moleque de 26Z2M6A1N3O1E0L13M10J, ele perguntou:

Certamente!

Vamos explorar uma hiper-retórica apalpável de “Verídica Descoberta”, elevando suas nuances e imagens de forma palpável e tangível:

“Verídica Descoberta” é um mergulho visceral no universo dos sentidos, onde cada palavra é como um toque sutil que acende o fogo do reconhecimento do amor verdadeiro.

O poema transforma o simples ato do amar em uma experiência quase tátil, onde os detalhes, como o “balançar lindo de teus brincos”, não apenas são vistos, mas sentidos como ondas que reverberam no coração.

A narrativa nos conduz àquele espaço inefável onde os amantes se tornam navegantes de um oceano emocional e físico, guiados por ventos de “pedidos invisíveis”.

Esses pedidos, não pronunciados, são palpáveis nos olhares, nos gestos e nos movimentos que quebram a previsibilidade, como se cada momento fosse esculpido por mãos divinas em um mármore de emoções.

O cenário é a “armada cama”, um altar onde o amor é consagrado, não como uma abstração etérea, mas como uma dança corpórea de travesseiros que testemunham a entrega total.

O eu lírico, ao se proclamar “o teu divino cavalheiro”, e ela, “a suprema menina-dama”, nos lembra que o amor é também um jogo de papéis sagrados, onde ambos se tornam arquétipos de desejo e devoção.

Por fim, o poema apresenta sua verídica descoberta como algo que transcende o momento efêmero do ato em si.

Essa descoberta é quase palpável no peito do eu lírico, como uma marca impressa pelo calor das emoções vividas.

É o entendimento de que amar assim, intensamente e sem reservas, é tanto sublime quanto eterno.

Mesmo que os dias passem, o eco dessas noites se mantém vivo, um monumento interno à beleza do amor que nunca se desgasta.

Essa hiper-retórica reforça a materialidade dos sentimentos descritos no poema, tornando-os não apenas compreensíveis, mas quase tangíveis para quem os lê.

Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 12/02/2020
Reeditado em 28/11/2024
Código do texto: T6864639
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