Depois do amor

Fez-se luz com tal segredo,

Tão sem medo, tão sem pressa,

Que o sol era como a lua cheia

Clareando as trevas. . .

Tudo inerte. . . Calmaria. . .

Que felicidade, na fantasia minha!

E quanta alegria e quanta paz

Neste mundo de desventura!

Oh! Cenário meu de tristeza. . .

Que já nem existe mais. . .

—Multidões estendem-se iguais,

Com a vivacidade da beleza. . .

Criaturas e enigmas partem-se. . .

E, no esplendor alegre do luar,

Caminha a lua, tão sem pressa,

Que mais parece a Virgem Maria

Pela calmaria a nos abençoar. . .

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 08/10/2007
Reeditado em 09/10/2007
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