Depois do amor
Fez-se luz com tal segredo,
Tão sem medo, tão sem pressa,
Que o sol era como a lua cheia
Clareando as trevas. . .
Tudo inerte. . . Calmaria. . .
Que felicidade, na fantasia minha!
E quanta alegria e quanta paz
Neste mundo de desventura!
Oh! Cenário meu de tristeza. . .
Que já nem existe mais. . .
—Multidões estendem-se iguais,
Com a vivacidade da beleza. . .
Criaturas e enigmas partem-se. . .
E, no esplendor alegre do luar,
Caminha a lua, tão sem pressa,
Que mais parece a Virgem Maria
Pela calmaria a nos abençoar. . .