Parece que não sei, tanta coisa que vou te contar
A gente tenta desviar
do assunto, do momento, porque tudo
Parece impróprio, parece apego, parece que vai garrar na pele da outra pessoa
Rasgando-a.
E na realidade, por que?
Por que não viver nossos amores possíveis?
E por que aceitar tão pouco,
se achamos que não basta?
Não basta e aceitamos, desrespeito
Com o possível de viver
O que o presente nos possibilita, irmos atrás
De um ausente
Pra desviar, do assunto, do momento, porque tudo
Parece impróprio, parece apego, parece que vai garrar na pele da outra pessoa
Rasgando-a
Porque tememos o afeto, afinal
Acostumados com o algoz que nos machuca
Que grita o impossível
Que o medo não é um presente
Mas de gole em gole vira agora
Vira pro desamor de tanto que nega o afeto
Detesto, assistir de dentro
A gente não aproveitar o que tem enquanto ainda tem
E quando já foi, acabado, querer garrar na pele
Rasgando-a.
05/fev/2020 ao medo de amar, quero dar vasão ao desejo ee ficar contente se ele evoluir pra cultivar.