SEM DONO
Se me deixas enfim,
Sem eira nem beira,
Não me deixas se não,
Outra alternativa...
Sem dono, vagueio,
Nas estradas da vida,
E entre curvas e voltas
Encontro-me assim:
Na boca sedenta, o destino de um beijo.
Nas mãos ansiosas, a procura constante,
No corpo ardente, o perigo do cio...
Na mente, um único desejo,
No peito, um coração vacilante,
Na alma, um grande vazio!