DANÇA
lisieux
Silhuetas no corta-luz.
Lusco-fusco
ofuscando os olhos...
e as lembranças,
faíscas energizando os corpos.
Copos pela metade no aparador;
música suave
flutua no ambiente
e, negligente, tua mão
nas minhas costas,
encontra o fecho do vestido.
Não faz sentido
tentar impedir
o descair da peça
pelos ombros...
E dos escombros
da infância e da inocência
deixo brotar
total inconseqüência...
e a alma de mulher,
liberta,
dança!
BH - 09.11.05