NAS ENTRELINHAS.
Tecer versinhos e chamar de poesia
E nas entrelinhas esconder ensejos,
Querer os carinhos da linda mocinha
Fazendo-a objeto dos seus desejos.
Mas jogou os seus sonhos inseguros
Nas asas do vento para os transportar
Havia na estrada os imensos muros
Impedindo esta brisa de lhe entregar.
Muros estão vivos e poemas decerra
Pro coração da bela menina conquistar,
Eram belos poetas promovendo guerra
Para os versos seus ela não enxergar.
Desiste da princesa o tal poeta plebeu
E decide ser apenas o seu admirador,
Esconde na alma versos que escreveu
Para que ela nunca saiba do seu amor.