pra te embriagar
ah meu menino, você veio inesperado
eu que restava ali a brincar de amar
dançando entre os floreios habituais de uma noite qualquer
ah deve ter havido de se soltar algum fiapo da minha roupa
que você perspicaz nao deixou passar despercebido
me puxou por aquela linha solta até voce
me fisgou com seus olhos atentos e inebriados
que me prometiam amor desde o primeiro instante
eu te devorei
ah, já na nossa primeira confissão
de olhares trocados
já era louca varrida por ti
reconhecia meu destino de 'filha dileta de todas as mulheres que você amou, que me passaram de mão em mão até você, cuspindo em meu rosto e me enfeitando de grinaldas"
sua
desde nossos desencontros
dos nossos amores arrastados
das paixões consuma(i)das
sua
nas confissões
nos sussurros das noites
sua
nas cicatrizes
nas manhãs despertas no seu olhar doce
no seu corpo fonte de prazeres descobertos e de pontos que te arrancam gargalhadas
sua
em suas mãos firmes a me levar
num mundo todo a desabrochar
completamente sua
quero fazer morada em seus pensamentos
no suor que escorre de sua pele
nos seus braços
na sua respiração junto a minha que exala o sentido de toda uma vida