Cordel de pó.

Pelejo no caminhar

machucando o pé no sertão

na procura da água danada

nas profundezas do sertão.

Nas angurias das orações

só peço a nosso senhor

que chore de vez é quando

derramando lágrimas de amor

neste sertão de tristeza

de peleja e muita dor.

Dos andrajos que cobrem

minha alma bem vestida de sonhos

sacode as alpargatas de couro

o pó quente da invernada

procurando água de ouro.

Rai Nonato

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 05/02/2020
Código do texto: T6858700
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