Cordel de pó.
Pelejo no caminhar
machucando o pé no sertão
na procura da água danada
nas profundezas do sertão.
Nas angurias das orações
só peço a nosso senhor
que chore de vez é quando
derramando lágrimas de amor
neste sertão de tristeza
de peleja e muita dor.
Dos andrajos que cobrem
minha alma bem vestida de sonhos
sacode as alpargatas de couro
o pó quente da invernada
procurando água de ouro.
Rai Nonato